terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Marina - Carlos Ruiz Zafón


"Neste livro, Zafón constrói um suspense envolvente em que Barcelona é a cidade-personagem, por onde o estudante de internato Óscar Drai, de 15 anos, passa todo o seu tempo livre, andando pelas ruas e se encantando com a arquitetura de seus casarões. É um desses antigos casarões aparentemente abandonados que chama a atenção de Oscar, que logo se aventura a entrar na casa. Lá dentro, o jovem se encanta com o som de uma belíssima voz e por um relógio de bolso quebrado e muito antigo.Mas ele se assusta com uma inesperada presença na sala de estar e foge, assustado, levando o relógio. Dias depois, ao retornar à casa para devolver o objeto roubado, conhece Marina, a jovem de olhos cinzentos que o leva a um cemitério, onde uma mulher coberta por um manto negro visita uma sepultura sem nome, sempre à mesma data, à mesma hora.Os dois passam então a tentar desvendar o mistério que ronda a mulher do cemitério, passando por palacetes e estufas abandonadas, lutando contra manequins vivos e se defrontando com o mesmo símbolo - uma mariposa negra - diversas vezes, nas mais aventurosas situações por entre os cantos remotos de Barcelona. Tudo isso pelos olhos de Oscar, o menino solitário que se apaixona por Marina e tudo o que a envolve, passando a conviver dia e noite com a falta de eletricidade do casarão, o amigável e doente pai da garota, Germán, o gato Kafka, e a coleção de pinturas espectrais da sala de retratos."
Pra mim, Zafón é um gênio. Ele consegue o que poucos autores da atualidade conseguem: fazer livros bons, com uma alogia à política e ao social, atraente e fascinante. É uma literatura leve e ao mesmo tempo tão envolvente que te deixa emocionalmente pesado. Com Marina, não foi diferente.
Sabendo do estilo do autor, já podemos esperar sempre um mistério fascinante. No caso desse livro, é um mistério mais sombrio e mais macabro do que o de A Sombra do Vento.
O livro conta a história de Óscar, personagem com que qualquer leitor pode se identificar: novo e com sede de aventura. Numa de suas explorações descobre um casarão e nele encontra Marina, personagem que iria mudar sua vida dali pra frente. Ela é a personificação da nova vida do personagem, envolvente e misteriosa. Assim sendo, ela logo o convida para uma aventura, esta que colocaria suas vidas em risco.
Como eu já citei, o que mais me chocou nesse livro foi o quão macabro ele é. Quanto mais se conhece do enredo, mais se acaba envolvido no mistério, caso que já é corriqueiro nos livros fantásticos de Zafón. Outro aspecto peculiar é a base emocional: dentre todos os outro livros do autor que eu li, este foi o que mais me emocionou.
E, sinceramente, fiquei apaixonada por Marina. 


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