quarta-feira, 7 de novembro de 2012

As Brumas de Avalon - Marion Zimmer Bradley


"Guinevere se casou com Artur por determinação do pai, mas era apaixonada por Lancelote. Ela não conseguiu dar um filho e herdeiro para o marido, o que gera sérias consequências políticas para o reino de Camelot. Sua dedicação ao cristianismo acaba colocando Artur, e com ele toda a Bretanha, sob a influência dos padres cristãos, apesar de ser juramento de respeitar a velha religião de Avalon. Além da mãe de Artur, Igraine e de Viviane, a Senhora do Lago que é a Grande Sacerdotisa de Avalon, uma outra mulher é fundamental na trama: Morgana, a irmã de Artur. 
Ela é vibrante, ardente em seus amores e em suas fidelidades, e polariza a história com Guinevere, constituindo-se em a sua grande rival. Sendo uma sacerdotisa de Avalon, ela tem a Visão, o que a transforma em uma mulher atormentada. "

Comprei os livros por impulso, por eles estarem meio que em uma promoção super boa e não resisti! Claro que esse não é o tipo de livro que faz o maior sucesso dos dias de hoje, mas juro que nunca li um livro que me cativasse tanto em tão pouco tempo.
A história de Artur, Lancelote e Mordred é uma das mais conhecidas e usadas na ficção. Quem nunca assistiu "A Espada é a Lei", da Disney, que jogue a primeira pedra. Mas por mais que ela seja tão conhecida, vi um mito totalmente novo através desse livro. O diferencial é que ele é contado pelas mulheres de Avalon e da corte de Camelot, criando uma perspectiva mais dócil e emocional de guerras e das lascividades masculinas. Claro, o essencial da história ainda está lá.
O livro também briga bastante com a questão religiosa, o conflito entre a religião católica (que era a que estava começando a dominar a Germania, depois da queda de Roma), representada por Gwenwhyfar (Guinevere) e a antiga religião dos druidas, de Avalon, representada por Morgana. O conflito te leva a pensar muito sobre o que é  bom e o que é o mal e no fim, te leva a conclusão de que todos os deuses são apenas Um, independente de quem você escolha. Não é Deus ou os deuses que são ruins, e sim os homens que profanam em seu nome.
Fiquei muito triste quando cheguei ao fim do livro, sinto que dificilmente vou conseguir achar uma outra coleção que mexa tanto comigo quanto este mexeu.

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